- Expert na Decifrar Pessoas – Linguagem corporal
Palestrante, Autor; - Comentador de televisão, Coach
- Usa os métodos mais recentes e eficazes para providenciar ao cliente o melhor serviço de formação em inteligência
- Não Verbal ou linguagem Corporal
- Autor do livro “Decifrar Pessoas”
Alexandre, sabes que a “Tua pessoa” em palco gera muitos “Likes”, que a forma como chegas a cada um de nós é muito entranhável. Trabalhas estas competências ou é registo do teu ADN?
Costumo dizer …
“A linguagem Corporal é como a roupa, nem tudo nos fica bem”
Alexandre Monteiro
… isto porque não podemos usar esta arte para optimizar aquilo que não somos senão ira parecer falso. O ideal é optimizarmos aquilo que somos bons e eliminar aquilo que nos prejudica, mas sempre de acordo ao nosso núcleo ou essência.
As tuas formações/palestras são transversais a todas as áreas profissionais, mas a nível de áreas mais especializadas, quais consideras que têm maior dificuldade na comunicação?
Não diria que que são as áreas que impedem ou dificultam a comunicação, mas sim o EGO de cada um, quanto maior o EGO, maior é a dificuldade de aprendizagem ou a necessidade de comunicar de forma acertada, porque comunicar não é o que eu digo, comunicar é aquilo que outro percebe do que eu digo e o aquele que tem o EGO elevado, não se preocupa com a menagem é recebida pelo outro.
Se é de conhecimento publico que a formação universitária de medico veterinários é muito especializada, quais consideras os maiores desafios na comunicação destes profissionais, na tua experiência formativa?
O ensino aposta muito na parte técnica teórica e sempre muito focada na área de especialidade o que é importante, no entanto não aposta em como se devem relacionar com as pessoas ou clientes, no fundo não aposta como os médicos veterinários se devem relacionar ou comunicar a sua competência e é aqui que muitos veterinários falham.
Vamos brincar ao faz de conta, se numa consulta eu estiver com um cliente demasiado tímido e que não me dá informações sobre o animal, que eu preciso consultar; quais as 3 medidas que eu deveria adotar?
Uma pessoa tímida é uma pessoa que de forma inconsciente se sente ameaçada e procura protecção e orientação, e aqui o médico veterinário deve falar calmo, procurar confortar o cliente e referir quias os próximos passos para a pessoa se sentir segura.
Imagina agora que tenho uma situação de reclamação no meu hospital veterinário com um cliente muito agressivo, segundo a tua experiência, como me deverei comportar e agir?
De agir forma calma, serena e não se defender. Enquanto o cliente fala, deve acenar com a cabeça de vez em quando e referir “Compreendo”, não tirar a razão ao cliente. Quando ele se acalmar é que deve explicar o sucedido ou resolvê-lo.
O teu maior trabalho, e a tua “expertise” é em decifrar pessoas, uma tal de inteligência não verbal presente, já presenciei por diversas vezes chegares mais profundo em cada um de nós do que aquilo que sabemos de nós próprios, que varinha de condão é esta que tu manuseias?
O cérebro inconsciente gere 90% de tudo o que faz, sem lhe dar conta disso, quer esteja acordado quer a dormir. Grande parte do que fazemos é inconsciente: as decisões, os gestos, a maneira de falar, andar, as expressões faciais e a postura são-nos como ditadas pelo inconsciente e a sua influência está presente em tudo o que fazemos e como o fazemos. Uma parte da linguagem corporal é controlada pelo sistema límbico, responsável pelos sentimentos e emoções. A outra parte, pelo sistema reptiliano, a parte mais primitiva do cérebro que controla as funções corporais e regula as necessidades de sobrevivência, como o bater do coração, a respiração, a digestão, os perigos iminentes e a reprodução e funciona de forma independente do neocórtex. Estes dois sistemas conhecem-nos melhor do que nós a nós próprios, são as partes do cérebro responsáveis pelo que sentimos, pela avaliação e concretização das respostas quando estamos em perigo ou desconfortáveis, aproximando-nos do que gostamos, afastando-nos do que não gostamos ou que nos ameaça.
No teu entender como se articulam estas duas partes do cérebro?
Ambas as partes têm a sua quota de responsabilidade na emissão de impulsos elétricos para todo o corpo, de modo a gerar as expressões faciais, os gestos e os movimentos, protegendo-o ou então ajudando-o a transmitir a mensagem pretendida. Na maioria das vezes, nem nos damos conta das expressões faciais, dos gestos ou movimentos, que revelam o que realmente sentimos, quais as intenções ou as ações seguintes, o que torna as mensagens emitidas pelo corpo mais importantes, mais fiáveis e credíveis. Não acredite que não existem pistas, existem sempre pistas. O mais pequeno detalhe pode fazer a diferença.
Quais são para ti os fatores/sinais/comportamentos chave para eu identificar o tipo de pessoa/cliente que tenho à minha frente?
Se queres “comer” um elefante, tens de comer aos bocados»: começar pequeno é eficaz e torna-se automático, é quase como um superpoder. Temos tendência a não acreditar e a subestimar o que podemos fazer, especialmente quando enfrentamos o desconhecido. Se fasearmos uma tarefa enorme, tudo se torna mais simples. Em vez de observar por zona do corpo, observo por tipo de categoria dos significados:
D — domínio/submissão – Aperto de Mão
I — interesse/desinteresse – Umbigo
C — conforto/desconforto- Toques
A — alertas- Sinais de mentira
Todos os sinais que aprendia encaixavam nestas categorias.
Estive contigo, outra vez, este fim de semana numa formação que sabe sempre a pouco. Como tantas vezes dizes “já nada vai ser igual e ainda nem começamos”. No teu entender quais as maiores vantagens do “decifrar pessoas”?
Decifrar pessoas não serve para explicar o que aconteceu depois de acontecer, serve, sim, para antecipar o que poderá acontecer, é termos o poder da antecipação e não o poder da reação. Decifrar pessoas não é uma ciência exata, foca-se no estudo da comunicação não verbal, analisando as expressões faciais, os gestos, tom de voz, velocidade, volume, conjunto de movimentos e posturas, a forma de manusear os objetos e o ambiente do indivíduo, descodificando-os o mais exato possível, mediante o contexto, e assim decifrar os possíveis significados de cada um desses sinais não verbais e a maior parte das pessoas mantém uma confiança quase cega no poder da perceção, só que é ignorante em relação à sua ignorância, porque sofrem muitas vezes da cegueira desatenta, não conseguem ver aquilo que muitas vezes está à sua frente. A vida quotidiana está cada vez mais rápida e preenchida e cada vez mais perdemos o interesse pelos pormenores, prestando somente atenção àquilo que é novo. Esta desatenção pode afastá-lo dos objetivos ou causar alguns problemas, devido à inocência de achar que os outros pensam o mesmo que você e que partilham das mesmas intenções.
Top of Mind & Top of Heart; o que guardas na tua mente e no teu coração?
Na mente Decifrar Pessoas e no coração muita gratidão.
Se a vida é feita de metas para se atingir um objetivo, qual é o teu Génio Interior, aquele que te mantem alinhado com as tuas vivências?
O Alexandre Monteiro de 108 anos que alcançou o que queria. É um exercício que para mim é clarificador e me ajuda a perceber qual o caminho, independente dos medos ou dúvidas e consiste em perguntar ao meu Eu futuro “O que fizeste com a minha idade para atingir os teus sonhos? Ajuda-me a reflectir e ponderar o que devo ou não fazer.
Qual a pergunta que me gostavas de fazer, e ver aqui, nesta entrevista respondida?
O que mudou depois do decifrar Pessoas?
Alexandre, muito grata por esta entrevista, aqui sem linguagem não verbal, apenas palavras para serem interpretadas de forma diferente segundo o ser que as queira ler.
O que mais gostei foi de te ver em palco, ocupas tudo, com a tua boa energia, e isso também é decifrar pessoas.
Como ousas tu falar, sobre algo, quando estás constantemente a ser avaliado, pelas atitudes, posições e linguagem não verbal que aplicas em palco e sobre as quais dás formação.
Nesse momento se tu falas do que sabes e tu és um “boneco vivo” do que estas a ensinar, eu sou a profissional que atuo e incido no meu cliente também com a minha capacidade técnica, a minha capacidade de linguagem não verbal, a minha capacidade de aplicar os meus conhecimentos. E foi aqui que tudo mudou. A capacidade de conseguires chegar mais perto, ou poderes encaminhar as pessoas para melhores resultados, permite uma vida mais harmoniosa.
O mais interessante foi decifrar a linguagem não verbal da minha pequenina. Até porque normalmente associa muita linguagem verbal. O fácil agora é perceber se estão em uníssono ou não.